quarta-feira, 28 de agosto de 2013

As Cidades Invisíveis

Nesta obra Italo Calvino imagina um diálogo entre Marco Polo e Kublai Khan no qual o viajante vai descrevendo as suas viagens por várias cidades imaginárias, todas elas com nomes femininos. Este é um livro difícil de descrever mas repleto de alusões a grandes obras literárias, à pintura, ao cinema e onde o autor aborda temas sérios numa envolvente de grande ficção.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Colecionador de Erva

Há alguns anos que sigo o trabalho de Francisco José Viegas tanto na área do jornalismo como da edição e mais recentemente como escritor. O seu mais recente título traz-nos de volta o investigador Jaime Ramos desta feita envolvido na investigação de três assassínios e, em simultâneo, de um desaparecimento. 
Um livro que é uma viagem por várias partes do mundo - Angola, Cabo Verde, Brasil, Rússia e o norte de Portugal e em que a nostalgia que se sente é apenas um dos atrativos que a escrita poética deste autor revela a cada página.
Recomendo!

 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Cenas da vida de aldeia

Ao contrário de muitos leitores sou, regra geral, uma apreciadora de contos. 
Na última edição de Amos Oz em Portugal, a compilação de contos tem como cenário a mesma aldeia Israelita - Tel Ilan e os personagens das diferentes histórias conhecem-se e nalguns casos relacionam-se. Tendo em conta a localização as situações de tensão política e militar surgem de forma ténue como pano de fundo sem ofuscar o mais importante que são as pessoas que compõem esta aldeia, os seus problemas e sentimentos. E neste aspeto as coisas não são diferentes das vividas noutras partes do mundo: os problemas de famíla, o envelhecimento, a solidão, o amor e o desamor, o luto, a amizade.
Agraciado com vários prémios de renome internacional, como já este ano o Prémio Franz Kafka, Amos Oz e a sua escrita simples transportam-me e deliciam-me sempre.


domingo, 11 de agosto de 2013

Ar de Dylan

Neste livro Enrique Vila-Matas narra, através de um escritor de Barcelona, a história de Vilnius-um jovem cineasta fracassado a quem a morte do pai, um escritor famoso mas um homem com quem foi difícil viver, vai levar ao questionamento de toda a sua vida.
As referências culturais são uma constante, como é hábito neste escritor,  e passam pela literatura, pela música (como o título indica), pela pintura, pelo cinema. Os personagens vivem todos a arte que representam de forma obsessiva: Vilnius persegue a origem de uma frase famosa de um filme da época áurea de Hollywood e o narrador, escritor prolífico, está num ponto de viragem em que sente que escreveu demais e vai tornar-se totalmente silencioso.
São imensas e constantes as questões filosóficas, psicológicas e artísticas que com um humor muito característico Vila-Matas levanta aqui. 
Um livro que nos interpela e nos inquieta.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A gaiola dos periquitos

A minha passagem pelo meio livreiro trouxe-me um alargamento de conhecimentos literários e também a alegria de me cruzar com muitas pessoas maravilhosas que foram e continuam a ser para mim uma fonte de enriquecimento cultural e pessoal.
Uma das pessoas que tive o privilégio de conhecer foi a Luísa Venturini - ex editora, tradutora de alta qualidade, investigadora de literatura mística, etc - cuja cultura e paixão pelos livros são contagiantes.
A Gaiola dos Periquitos é um romance que percorre ao longo de mais de um século a história de uma família marcada por mulheres de fortes personalidades.
A memória e as suas "rasteiras",  a dor da perda e as armas que usamos para a ultrapassar são alguns dos temas focados neste livro servido por  uma linguagem rica e extremamente cuidada.
Vivemos,  neste livro da Luísa Venturini, uma viagem por Espanha, Cuba e Portugal,  repleta de referências literárias, musicais e de várias outras áreas das artes,  que nos permitem compreender melhor a época e os personagens marcantes que aqui acompanhamos.