Tremoços

Não sei se gostam ou não de tremoços. Eu aprecio bastante uma cerveja fresca acompanhada dos ditos,  e os diferentes temperos que lhes podemos colocar tornam a sua degustação bastante diversificada.

 Mas não é por isso que este outono vou semear tremoços na minha horta. As razões são várias:

1º questões ambientais-o tremoço é famoso por ser um excelente fixador de azoto no solo. Sendo que a minha terra é arenosa e muito pobre, esta é uma tentativa de,  a par com o composto, a enriquecer um pouco preservando o ambiente.

2ª questões de tempo-no inverno as manhãs são frias e húmidas e como tal não dá para fazer nada na horta antes da saída para o trabalho. À noite quando regresso a casa é noite cerrada e também já não dá. Desta forma vou conseguir ter uma cultura, que ainda por cima é bonita, na minha horta.

3º questões de manutenção-a minha horta é muito pequena mas quando se trata de fazer a manutenção-arrancar ervas daninhas em especial, o trabalho parece infindável. Desta forma espero  no final do inverno e quando chegar a altura dos tremoços darem lugar a outras culturas,  não ter horas de corte e arranque de ervas para fazer.

É claro que os tremoços também vão ser um prazer, só tenho de aprender a melhor forma de os arranjar pois o processo é bastante longo e trabalhoso. Vou pedir conselho a quem sabe, como a minha mãe, por exemplo.

No próximo verão vou poder ver o por do sol na minha espreguiçadeira enquanto saboreio os meus tremoços e rego com uma mini...Já vos apetece?

Brownie de Chocolate

Mais uma experiência, desta feita na área das sobremesas. Num dos programas que vi há umas semanas na SIC Mulher do Jamie Oliver uma das receitas da refeição em 30 minutos daquele dia era brownie. Tomei nota numa folha que estava à mão e agora experimentei a por em prática. Tenho de admitir que, pelo menos no que diz respeito às sobremesas, não sou a pessoa mais prendada e paciente: Se um bolo tem de levar um recheio e uma cobertura que não sejam iguais, já não alinho. É também por isso que gosto de ver este programa: em muito pouco tempo conseguimos cozinhar coisas muito boas!

E foi assim com o brownie. Deveria ter sido feito no robot de cozinha mas como esse é um electrodoméstico que eu não tenho, improvisei e na espécie de picadora que acompanha a minha varinha mágica, juntei todos os ingrediente e bati.

 

O resultado final não me desiludiu apesar do tabuleiro ser um pouco maior do que deveria o que fez com que bolo ficasse um pouco baixo. No que diz respeito ao sabor, nada a apontar, é mesmo muito bom, e se juntarmos frutos vermelhos a acompanhar fica um contraste delicioso!

Chutney

Gosto muito de chutney mas nunca tinha experimentado fazer. Pois foi desta! Encontrei uma receita muito simples de chutney de maçã e como ainda há muitas das tais biológicas que se vão estragar se não forem consumidas a curto prazo, meti mãos à obra. Mais um serão em que em vez das miseráveis novelas ou dos ainda piores reality shows, decidi ir para a cozinha  fazer experiências.

Os ingredientes ao lume

A preparação foi um pouco demorada: entre descascar e descaroçar as maçãs, descascar e tirar as graínhas dos tomates e das uvas passou mais de uma hora. Mas o resultado final está uma delícia! Pelo menos é a minha opinião. Teremos de partilhar para comprovar se a opinião é unânime ou não.

O resultado

E futuramente testar outras receitas.

Piaf

Desde sempre me lembro de ser fã de Edith Piaf. A sua voz podia não ser a melhor, mas as suas canções saíam-lhe, como se costuma dizer, das tripas. Ela não foi uma cantora, as canções foram a vida dela.

Vi com algum atraso o filme La môme de 2007 em que Marion Cotillard, a mesma do último filme de Woody Allen, encarna a cantora de forma irreprimível e plenamente justificativa do Óscar que lhe valeu.

Foi um final de tarde de nostalgia ao som das músicas da minha infância, que mais de meio século depois conseguem ainda ter uma mensagem tão forte e na sua maioria tão triste.

Hortênsias

As hortênsias não estão muito presentes no meu jardim. De todas as minhas tentativas apenas um arbusto tem um desenvolvimento adequado. Diga-se que o tipo de terreno, arenoso, e o facto de praticamente todo o jardim estar exposto ao sol durante quase todo o dia não facilitam o crescimento destas flores.

No entanto, num canto do jardim está um exemplar de hortênsia bem crescido e produtivo.

Por estes dias as flores já não apresentam as suas cores habituais, no caso desta - azuis, e como tal decidi cortar algumas das flores e colocá-las num arranjo na mesa da cozinha.

Foi este o resultado, e assim estes pés não estão ao sol a torrar e secar, secam em casa e dão um pouco de cor.

Feriado II

Como tinha aqui escrito no post anterior, o 5 de Outubro foi tudo menos tranquilo. Para além do composto, da horta e da lenha, foi preciso depois fazer toda a limpeza da zona do corte da lenha, a apanha das últimas uvas do meu quintal, recolha de sementes dos cravos da índia para semear na próxima primavera, etc.

Podiam ser os meus, mas não são

 Para acabar de forma mais descontraída decidi ir fazer uma visita aos viveiros mais próximos para  mais umas aquisições, não fosse dar-se o caso de ficar sem trabalho!...Frustração quase total: queria comprar uns mirtilos para juntar ao pé único que tenho, não havia; queria comprar arbustos para a frente do jardim, não encontrei nada que me agradasse. Resumindo comprei uma groselheira e, pensando já na colheita da azeitona, comprei também um pote em barro onde vou fazer a cura das minhas poucas mas gordas azeitonas.

Feriado

Neste 5 de Outubro não tendo de ir trabalhar e como isso ultimamente é raro, houve que aproveitar todos os minutos para fazer aquelas coisas que são imprescindíveis e para as quais o tempo vai faltando. Assim o dia começou com uma ida para a horta onde o cortar de ervas e remexer da terra foram um início podemos dizer algo violento mas por outro lado agradável pois a perspectiva de ver o terreno pronto para receber novas culturas é sempre positiva. 

O composto também foi retirado da caixa para ser em breve repartido pelas várias plantas, árvores e flores, que o vão agradecer.

Mais tarde foi o arrumar da lenha para as fogueiras do inverno que se aproxima mesmo que para já não se note. E só espero que esta lenha consiga aquecer-me tão bem nos dias frios como já aconteceu ontem em que para além do calor tórrido enquanto a transportava, a pilha ainda decidiu cair e dar trabalho redobrado. Foi quase uma epopeia!

 Mas o dia não se ficou por aqui. Sobre o resto falarei mais tarde.

Woody Allen

Os filmes de Woody Allen acompanham-me desde a minha adolescência. De alguns já nem me recordo bem, outros marcaram-me mais e são inesquecíveis. Há dias pude ver o mais recente dele: Meia-noite em Paris.

Recomendo vivamente! Para quem gosta de Paris e para quem é apaixonado por literatura e pintura este filme é um manancial de prazeres. O protagonista, escritor em potência prestes a casar, vive nas suas noites a loucura dos anos 20 em Paris e convive com as grandes figuras da arte da época: Hemingway, Fitzgerald, T.S.Elliot, Gertrude Stein, Cole Porter, Buñuel, Picasso, Dali, Man Ray, etc.

Filme que põe a imaginação a trabalhar, a nossa e a do protagonista, não é um filme de gargalhada constante e fácil, nem de grandes efeitos, mas tem um elenco de grande qualidade. É uma história simples, de amores impossíveis, sonhos, dúvidas, discussões filosóficas e de paixão.

Deixo aqui o link para o trailer com legendas, para abrir o apetite.

Fogo

O tema de hoje só podia ser este. Não é, infelizmente, nada de novo mas o contacto directo com um incêndio só pode ser sempre motivo de muita raiva, incompreensão e também desânimo. Só quem nunca plantou e viu crescer uma árvore não sente dor ao ver a velocidade a que é destruída e sentir a impotência perante este fenómeno que não nos permite qualquer aproximação para combater as chamas, tal é a temperatura que se faz sentir.

A tarde de ontem foi assim. A manhã de hoje é de dor: olhar à volta e ver tudo preto, fumegante, o trabalho de vidas destruído, enfim...teremos de recomeçar. 

Quase milagrosamente o meu quintal escapou, mas à volta é desolador. O quintal de alguns vizinhos ardeu: as reservas de lenha para o inverno que se aproxima, as árvores plantadas e tratadas com tanto carinho, as hortas...

Há uns dias...

Esta manhã

 

Não é falta de limpeza nas matas,  é pura ganância de alguns. Tivemos um verão muito ventoso e nunca houve um incêndio. Ontem, após vários dias de temperaturas altas e sem vento o dia começou a ventar e à tarde foi o que se viu...mão humana? Sem dúvida e não foi descuido nenhum, não foi uma queimada que descambou. 

Deixo algumas fotos tiradas esta manhã.

Funcho

Não existia há dez anos, quando me instalei no meu cantinho, funcho no quintal. Assim comprei sementes e semeie no canteiro que na época tinha sido destinado a ser o das ervas aromáticas. Esta sementeira foi um sucesso. Actualmente tenho de cortar ou arrancar o funcho que vai nascendo um pouco por todo o lado, em especial quando este aparece em sítios de passagem ou à mistura com plantas que não gostam da presença dele.

Esta foto não é do meu funcho, mas poderia ser

Esta manhã à mistura com a rega do jardim e horta (muito desleixada esta, mas não perde pela demora!) colhi as sementes de funcho que já estão secas. Estas sementes são óptimas para juntar em saladas e nalguns pratos de peixes ou sobremesas. Também uso o funcho fresco especialmente com o salmão, que fica óptimo. Podem saber mais sobre esta planta  aqui.